1/31/2009

Reis de Portugal da 1º Dinastia








Lista De Reis Anexo Priva.

Anexo:Lista de reis de Portugal
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Pavilhão pessoal dos Reis de Portugal (séculos XVIII a XX).
Esta é uma lista de reis de Portugal, desde a independência do Reino de Leão em 1139 até à implantação da República em 5 de Outubro de 1910. A título prévio, são mostrados também os condes de Portugal que antecederam directamente o primeiro rei português.

Índice
[esconder]
• 1 Condado Portucalense
• 2 Primeira Dinastia – de Borgonha ou Afonsina
• 3 Interregno (1383 - 1385)
• 4 Segunda Dinastia – de Avis ou Joanina
• 5 Terceira Dinastia – Filipina, de Habsburgo ou de Áustria
• 6 Quarta Dinastia – de Bragança ou Brigantina
• 7 Notas
• 8 Titulatura régia
• 9 Bibliografia
• 10 Ver também

[editar] Condado Portucalense

Ver artigo principal: Condado Portucalense
Casa reinante: Casa de Vímara Peres
Foram condes da casa de Vímara Peres (nem sempre em linha recta, mas recorrendo às vezes à sucessão congnática):
• Vímara Peres (c. 868-873)
• Lucídio Vimaranes (filho do precedente - 873-?)
• Onega Lucides (filha do precedente) ∞ Diogo Fernandes (?-antes de 924)
• Mumadona Dias (filha dos precedentes) ∞ (926) Hermenegildo Gonçalves (também chamado Mendo I Gonçalves, filho do conde Gonçalo Afonso Betote)
• Gonçalo I Mendes (filho dos precedentes) (c. 950-999; em 997 intitula-se magnus dux portucalensium)
• Mendo II Gonçalves (filho [ou neto?] do precedente) (999-1008) ∞ Tutadona Moniz
• Alvito Nunes (descendente de Vímara Peres, casado com a condesa Tutadona Moniz) (1008-1015)
• Ilduara Mendes (filha de Mendo Gonçalves) ∞ Nuno II Alvites (filho do precedente) (1017-1028)
• Mendo III Nunes (1028-1050)
• Nuno II Mendes (1050-1071) - último conde da família de Vímara Peres; derrotado pelo rei Garcia da Galiza na batalha de Pedroso.
(As datas entre parêntesis indicam o período durante o qual existem documentos assinados pelo conde em causa, e que permitem assim determinar o seu tempo de governo).
Casa reinante: Borgonha
• D. Henrique da Borgonha, Conde de Portucale (r. 1093-1112)
• D. Teresa (Tareja) de Leão, regente na menoridade do filho (r. 1112 - 1128), com o título de regina («rainha»)
• D. Afonso Henriques, Conde de Portucale e depois primeiro Rei de Portugal (r. 1112 - 1139)
[editar] Primeira Dinastia – de Borgonha ou Afonsina

Ver artigo principal: Dinastia de Borgonha
Casa reinante: Borgonha
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
1 D. Afonso I

27 de Julho de 1139
6 de Dezembro de 1185
O Conquistador
O Fundador
O Grande Também chamado D. Afonso Henriques (Afonso, filho de D. Henrique; aqui radica a designação que os muçulmanos lhe atribuíram, Ibn-Arrik - «filho de Henrique»).
2 D. Sancho I

6 de Dezembro de 1185
27 de Março de 1211
O Povoador
3 D. Afonso II

27 de Março de 1211
25 de Março de 1223
O Gordo
O Crasso
O Gafo
O Legislador
4 D. Sancho II

25 de Março de 1223
1247
O Capelo
O Piedoso
O Pio Deposto pelo Papa Inocêncio IV no I Concílio de Lyon, em 1245, sob a acusação de «rex innutilis», viria a abdicar em 1247, exilando-se em Toledo, e vindo a falecer pouco tempo depois, em inícios de 1248.

5 D. Afonso III

3 de Janeiro de 1248
16 de Fevereiro de 1279
O Bolonhês
Regente de Portugal, sob o título de Procurador e Defensor do Reino, desde 21 de Setembro de 1245, até à data da morte do irmão, quando assume plenamente a realeza.
6 D. Dinis I

16 de Fevereiro de 1279
7 de Janeiro de 1325
O Lavrador
O Rei-Trovador
O Rei-Poeta
O Rei-Agricultor
7 D. Afonso IV

7 de Janeiro de 1325
28 de Maio de 1357
O Bravo
8 D. Pedro I

28 de Maio de 1357
18 de Janeiro de 1367
O Justiceiro
O Cruel
O Cru
O Vingativo
O Tartamudo
O Até-ao-Fim-do-Mundo-Apaixonado
9 D. Fernando I

18 de Janeiro de 1367
22 de Outubro de 1383
O Formoso
O Belo
O Insconstante
O Insconsciente
(10) D. Beatriz I

22 de Outubro de 1383
6 de Abril de 1385
(ver nota 1)
[editar] Interregno (1383 - 1385)
Designação dada pela historiografia oficial ao período que medeia a morte de D. Fernando e a ascensão ao trono do seu meio-irmão, o Mestre de Avis D. João, e que compreende as regências de Leonor Teles e do próprio Mestre de Avis.
# Nome Início do governo Fim do governo Notas
D. Leonor Teles de Menezes

22 de Outubro de 1383
16 de Dezembro de 1383
Exerce a regência em nome da sua filha D. Beatriz
D. João, Mestre de Avis

16 de Dezembro de 1383
6 de Abril de 1385

[editar] Segunda Dinastia – de Avis ou Joanina

Ver artigo principal: Dinastia de Avis
Casa reinante: Avis
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
11 (10) D. João I

6 de Abril de 1385
14 de Agosto de 1433
O da Boa Memória
12 (11) D. Duarte I

14 de Agosto de 1433
9 de Setembro de 1438
O Eloquente
O Rei-Filósofo
13 (12) D. Afonso V

9 de Setembro de 1438
11 de Novembro de 1477
O Africano Abdica em favor do filho, que assumia já as funções de regente do Reino.
14 (13) D. João II

11 de Novembro de 1477
15 de Novembro de 1477
O Príncipe Perfeito
O Tirano É aclamado rei nas Cortes de Santarém de 1477; abdica ao regressar ao Reino o seu pai.
13 (12) D. Afonso V

15 de Novembro de 1477
28 de Agosto de 1481
O Africano Reassume a realeza.
14 (13) D. João II

28 de Agosto de 1481
25 de Outubro de 1495
O Príncipe Perfeito
O Tirano

Casa reinante: Avis-Beja
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
15 (14) D. Manuel I

25 de Outubro de 1495
13 de Dezembro de 1521
O Venturoso
O Bem-Aventurado
O Afortunado (ver nota 2)
16 (15) D. João III

13 de Dezembro de 1521
11 de Junho de 1557
O Piedoso
O Pio
17 (16) D. Sebastião I

11 de Junho de 1557
27 de Agosto de 1578
O Desejado
O Encoberto
O Adormecido
18 (17) D. Henrique I

27 de Agosto de 1578
31 de Janeiro de 1580
O Casto
O Cardeal-Rei
O Eborense/O de Évora
- Conselho de
Governadores
do Reino de
Portugal
31 de Janeiro de 1580
24 de Julho de 1580

19 (18) D. António I

24 de Julho de 1580
25 de Agosto de 1580
(em Portugal Continental)
1583 (na ilha Terceira)
O Prior do Crato
O Determinado
O Lutador
O Independentista (ver nota 3)
[editar] Terceira Dinastia – Filipina, de Habsburgo ou de Áustria

Ver artigo principal: Dinastia Filipina
Casa reinante: Habsburgo (ou Casa de Áustria)
Os soberanos desta dinastia foram também reis de Castela, Países Baixos, Nápoles, Sicília, Leão, Aragão, Valência, Galiza, Navarra, Granada, duques da Borgonha, etc., títulos genericamente reunidos sob a designação de Reis de Espanha.
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
20 (19) Filipe I

17 de abril de 1581
13 de Setembro de 1598
O Prudente também Filipe II em Espanha (1556-1598) (ver nota 4)
21 (20) Filipe II

13 de Setembro de 1598
31 de Março de 1621
O Pio
O Piedoso Filipe III em Espanha (1598-1621)

22 (21) Filipe III

31 de Março de 1621
1 de Dezembro de 1640
O Grande Filipe IV em Espanha (1621-1665)

Durante este período de sessenta anos, os reis fizeram-se representar em Portugal por um vice-rei ou um corpo de governadores - veja a lista de vice-reis durante a dinastia filipina.
À revolta de 1 de Dezembro de 1640 seguiu-se a Guerra da Aclamação, depois chamada, pela historiografia romântica do século XIX, como Guerra da Restauração. |}
[editar] Quarta Dinastia – de Bragança ou Brigantina

Ver artigo principal: Dinastia de Bragança
Casa reinante: Bragança
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
23 (22) D. João IV

15 de Dezembro de 1640
6 de Novembro de 1656
O Restaurador
O Afortunado
24 (23) D. Afonso VI

6 de Novembro de 1656
12 de Setembro de 1683
O Vitorioso
O Prisioneiro Regências de Luísa de Gusmão (6 de Novembro de 1656 – 23 de Junho de 1662) e do Infante D. Pedro (23 de Novembro de 1668 – 12 de Setembro de 1683)

25 (24) D. Pedro II

12 de Setembro de 1683
9 de Dezembro de 1706
O Pacífico
26 (25) D. João V

1 de Janeiro de 1707
31 de Julho de 1750
O Magnânimo
O Magnífico
O Rei-Sol Português
O Freirático
27 (26) D. José I

31 de Julho de 1750
24 de Fevereiro de 1777
O Reformador
28 (27) D. Maria I

24 de Fevereiro de 1777
20 de Março de 1816
A Piedosa
A Louca Regência do Príncipe D. João (despacho governativo: 1792 – 1799; regente: 15 de Julho de 1799 – 20 de Março de 1816)

- D. Pedro III

24 de Fevereiro de 1777
5 de Março de 1786
O Capacidónio
O Sacristão
O Edificador Rei-consorte de D. Maria I
29 (28) D. João VI

20 de Março de 1816
10 de Março de 1826
O Clemente Regente de Portugal 1792-1799; Príncipe-Regente de Portugal e Algarves 1799-1808; Príncipe-Regente de Portugal, Brasil e Algarves (1808-1816; Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1816-1825); Rei de Portugal e dos Algarves e Imperador Titular do Brasil (1825-1826)

30 (29) D. Pedro IV

26 de Abril de 1826
2 de Maio de 1826
O Rei-Soldado
O Rei-Imperador
O Libertador Também Imperador do Brasil (1 de Dezembro de 1822 – 7 de Abril de 1831); regente de Portugal (1831 – 1834)

31 (30) D. Maria II

2 de Maio de 1826
11 de Julho de 1828
A Educadora
A Boa-Mãe
32 (31) D. Miguel I

11 de Julho de 1828
26 de Maio de 1834
O Rei Absoluto
O Absolutista
O Tradicionalista
O Usurpador Regente em nome de D. Maria II (2 de Maio de 1826 – 11 de Julho de 1828)

31 (30) D. Maria II

20 de Setembro de 1834
15 de Novembro de 1853
A Educadora
A Boa-Mãe Regência do pai D. Pedro (1831 – 1834)

- D. Fernando II

16 de Setembro de 1837
15 de Novembro de 1853
O Rei-Artista Rei-consorte de D. Maria II; oriundo da família de Saxe-Coburgo-Gotha
(ver nota 5)

Casa reinante: Bragança-Saxe-Coburgo-Gota (ou Bragança-Wettin)
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
33 (32) D. Pedro V

15 de Novembro de 1853
11 de Novembro de 1861
O Esperançoso
O Bem-Amado
O Muito Amado Regência do pai D. Fernando (15 de Novembro de 1853 - 16 de Setembro de 1855)

34 (33) D. Luís I

11 de Novembro de 1861
19 de Outubro de 1889
O Popular
O Bom
O Rei-Marinheiro
35 (34) D. Carlos I

19 de Outubro de 1889
1 de Fevereiro de 1908
O Diplomata
O Martirizado
O Mártir
O Oceanógrafo
O Rei-Pintor (ver nota 6)
36 (35) D. Manuel II

1 de Fevereiro de 1908
5 de Outubro de 1910
O Patriota
O Desventurado
O Estudioso
O Bibliófilo
O Rei-Saudade Implantação da República

[editar] Notas
(1) Rainha de jure e de facto (era a única herdeira legítima do trono deixado vago pela morte de D. Fernando I), D. Beatriz, casada com João I de Castela, foi aclamada Rainha em grande parte do Reino, exercendo a regência em seu nome, durante quase dois anos, a rainha-viúva, sua mãe D. Leonor Teles de Menezes; o seu marido D. João de Castela acrescentou mesmo o senhorio dos Reinos de Portugal e Algarve aos seus títulos, e mandou cunhar moeda com as armas de Leão e Castela partidas com as de Portugal. Contudo, desde o início do reinado, várias vilas e cidades do reino começaram-se a revoltar, temendo a perda da independência, vindo paulatinamente a engrossar o partido que se foi constituindo à roda do Mestre de Avis. Com a subida ao trono do Mestre de Avis, após as Cortes de Coimbra de 1385, a historiografia oficial passou a negar a realeza de D. Beatriz e até, em alguns casos extremos, a negar ser filha biológica de D. Fernando, por forma a refutar o facto de ter sido rainha de Portugal.
(2) Por morte de D. João II sem filhos legítimos (o príncipe D. Afonso falecera em condições trágicas nunca completamente esclarecidas em 1491), nem irmãos sobrevivos (a infanta Santa Joana, sua irmã, falecera em 1490), não obstante haver tentado legitimar um seu bastardo, o infante D. Jorge de Lencastre, futuro Duque de Coimbra, a Coroa Portuguesa acabou por passar para o seu primo e cunhado D. Manuel, Duque de Beja, o qual era filho de D. Fernando, Duque de Viseu (irmão do rei D. Afonso V), e de D. Beatriz (filha do infante D. João, o penúltimo dos membros da Ínclita Geração). Assim, embora pelo lado do pai fosse neto do rei D. Duarte, e pelo lado da mãe, bisneto de D. João I, o facto de não ser herdeiro directo, mas sim colateral, leva a que surjam, por vezes, referências a uma quebra na dinastia de Avis ao nível da casa reinante, considerando-se inaugurada assim a Casa de Avis-Beja (em homenagem ao ducado no qual fora investido por D. João II, e que detinha à data da sua aclamação, em 1495), a qual se manteria no poder até ao fim da dinastia, em 1580.
(3) D. António I foi rei de Portugal desde 19 de Junho de 1580, data da sua formal aclamação ao trono em Santarém, até à derrota na batalha de Alcântara, a 25 de Agosto seguinte. Continuou a reinar no entanto "de jure" a partir do estrangeiro, e reinou "de facto" até 1583 no território açoriano, onde prosseguiu a guerra ao invasor. A historiografia oficial negou-lhe a condição de rei (por ser tido como filho bastardo e cristão-novo o que não é verdade pois era real a Legitimidade de D. António), tanto sob os Filipes, como também sob os Braganças. Deve-se a uma obra do Professor Joaquim Veríssimo Serrão a reabilitação da sua figura, que deve assim figurar no número dos reis de Portugal, posto embora a brevidade do seu reinado.
(4) Filipe II começou logo a exercer o seu poder ainda em 1580, embora apenas parcialmente, pois ainda não dominava todo o território; só em 1581, com as Cortes de Tomar, se tornou Rei de Portugal de jure, e apenas em 1583 conseguiu abafar todos os pontos que ainda eram afectos ao Prior do Crato.
(5) Esta alegada mudança de nome na Dinastia de Bragança, reinante em Portugal, por morte de D. Maria II, para Bragança-Saxe-Coburgo-Gotha (ou mais correctamente, Bragança-Wettin), não é de todo reconhecida pela historiografia portuguesa, sendo antes uma criação das historiografias estrangeiras (sobretudo a francesa, que não reconhece a sucessão por via feminina, fazendo assim aplicar à dinastia reinante em Portugal o nome dinástico do rei consorte). Assim, embora a linha de sucessão prossiga em linha recta, pelo casamento da Rainha D. Maria II com um príncipe estrangeiro (D. Fernando II de Saxe-Coburgo-Gotha), teria cessado na Casa Real portuguesa a varonia de D. Afonso Henriques, mantida ao longo de sete séculos (note-se que a outra rainha portuguesa, D. Maria I, casara com o tio D. Pedro III, pelo que se manteve o sangue do primeiro rei de Portugal), tendo então passado a correr o sangue da casa de Wettin nas veias dos Bragança. Contudo, em Portugal sempre as mulheres puderam transmitir o nome, bem como o património, na falta de herdeiro varão na família. Isto leva a encontrar-se por vezes escrito, entre historiadores estrangeiros, a existência de uma quinta dinastia em Portugal - uma divisão aparentemente artificial dentro da última dinastia real portuguesa, governada pela suposta casa de Bragança-Wettin, a qual compreenderia os reis entre D. Pedro V e D. Manuel II. Para todos os efeitos, considera-se mais válida a divisão tradicional em quatro dinastias, face à legalidade da designação de dinastia de Bragança, única utilizada, e determinada pela Casa Real e pela generalidade das pessoas, até 1910 e depois dessa data.
(6) O herdeiro do trono, D. Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal, ainda que tenha sobrevivido escassos minutos ao seu pai, não foi nunca considerado como rei de Portugal (embora tenha sido chamado, por alguns estrangeiros, de D. Luís II); nem o poderia ser, pois em Portugal só eram considerados reis "de jure" os príncipes depois de jurarem os foros, liberdades e garantias no acto da sua aclamação ao trono (até 1834), ou de jurarem a Constituição (depois daquela data), em sessão solene e plenária das Cortes. Desta forma, o trono recaiu de imediato no seu irmão mais novo, D. Manuel II, depois de juramentado.
(*) Todos estes reis foram também soberanos do reino do Algarve, a partir de D. Afonso III; antes dele, D. Sancho I usou esse título (ou o alternativo rei de Silves) entre 1189 e 1191.
[editar] Titulatura régia
Ao longo da história, o título oficial dos Reis de Portugal foi sendo alterado. Os Reis de Portugal (e antes deles, os Condes de Portucale) tiveram os seguintes títulos:
Período Título Usado por Motivo
1096–1112
Conde de Portucale
(Comes Portugalensis)
Pela Graça de Deus, Conde e Senhor de Todo o Portucale
(Dei Gratiae, Comes et Totius Portugalensie Dominus) Henrique de Borgonha

1112–1128
Rainha de Portucale
(Portucalensis Regina) Teresa de Leão
De acordo com a tradição peninsular, as filhas dos reis podiam-se intitular sempre rainhas, ainda que não o fossem de facto.
1128–1140
Duque de Portucale
(Dux Portugalensis) Afonso Henriques
Sendo neto do Imperador Afonso VI, D. Afonso Henriques usará a intitulação de Dux, e já não a de Comes, como fez seu pai.
1140–1189
Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses
(Dei Gratiae, Rex Portugalensium) D. Afonso Henriques, D. Sancho I
Afonso Henriques proclamado rei.
1189–1191
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e de Silves
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Silbis)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal, de Silves e do Algarve
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae, Silbis & Algarbii; esta intitulação surge em dois documentos nos quais D. Sancho restaura a diocese de Silves em favor de D. Nicolau) D. Sancho I
Tomada de Silves (1189).

1191–1211
Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses
(Dei Gratiae, Rex Portugalensium) D. Sancho I
Perda de Silves, retomada pelos Almóadas (1191).

1211–1248
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae) D. Afonso II, D. Sancho II

1248–1259
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e Conde de Bolonha
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Comes Boloniae) D. Afonso III
Afonso, casado com Matilde II, condessa de Bolonha, ascende ao trono por morte do irmão sem herdeiros.
1259–1267
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae) D. Afonso III
Pela morte de D. Matilde, Afonso III abandona o título de Conde de Bolonha (1259).
1267–1369
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Algarbii) D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV, D. Pedro I, D. Fernando I
D. Afonso III recebe o senhorio do Algarve pelo Tratado de Badajoz (1267).
1369–1371
Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Portugal, de Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Múrcia, de Jáen, do Algarve, de Algeciras e Senhor de Molina D. Fernando I
Pretensão de D. Fernando à Coroa de Castela.
1371–1383
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve D. Fernando I
Renúncia aos títulos castelhanos após a Paz de Alcoutim (1371).

1383–1385
Pela Graça de Deus, Rainha de Castela, de Leão, de Portugal, de Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Múrcia, de Jáen, do Algarve, de Algeciras e Senhora da Biscaia D. Beatriz I e João I de Castela
Pretensão de D. Beatriz à Coroa de Portugal.
1385–1415
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve D. João I
Renúncia aos títulos castelhanos após a derrota de João I de Castela na Batalha de Aljubarrota (1385).
1415–1458
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor de Ceuta D. João I, D. Duarte, D. Afonso V
Conquista de Ceuta (1415).
1458–1471
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor de Ceuta e de Alcácer em África D. Afonso V
Conquista de Alcácer Ceguer (1458).

1471–1475
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África D. Afonso V
Conquista de Arzila e Tânger (1471) e elevação do senhorio do Norte de África à condição de Reino d'Além-Mar.
1475–1479
Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Portugal, de Toledo, de Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Jáen, de Múrcia, dos Algarves d'Aquém e d'Além Mar em África, de Gibraltar, de Algeciras, e Senhor da Biscaia e de Molina D. Afonso V
Pretensão de D. Afonso V à Coroa de Castela, pelo seu casamento com Joana, a Beltraneja.

1479–1485
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África D. Afonso V, D. João II
Renúncia aos títulos castelhanos após a Paz das Alcáçovas-Toledo.

1485–1499
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, e Senhor da Guiné D. João II, D. Manuel I
Criação do senhorio da Guiné abrangendo as possessões portuguesas que se estendiam pelo Golfo da Guiné.

1499–1580
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. D. Manuel I, D. João III, D. Sebastião, D. Henrique, D. António
Após o regresso de Vasco da Gama da Índia, em 1499, o título régio é reformulado e atinge a sua plenitude.
1580–1640
Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Aragão, das Duas Sicílias, de Jerusalém, de Portugal, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de Maiorca, de Sevilha, da Sardenha, de Córdova, da Córsega, de Múrcia, de Jáen, dos Algarves, de Algeciras, de Gibraltar, das Ilhas de Canária, das Índias Orientais e Ocidentais, Ilhas e Terra Firme do Mar-Oceano, Conde de Barcelona, Senhor da Biscaia e de Molina, Duque de Atenas e de Neopátria, Conde de Rossilhão e da Cerdanha, Marquês de Oristano e de Gociano, Arquiduque de Áustria, Duque da Borgonha, do Brabante e de Milão, Conde de Habsburgo, da Flandres e do Tirol, etc. D. Filipe I, D. Filipe II, D. Filipe III
Com o domínio filipino, juntam-se os demais títulos dos Áustrias à titulatura portuguesa.
1640–1815
Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. D. João IV, D. Afonso VI, D. Pedro II, D. João V, D. José I, D. Maria I (com D. Pedro III)
Com a Restauração da Independência (1640), regressa-se ao velho estilo adoptado por D. Manuel I.
1815–1825
Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) do Reino Unido de Portugal, Brasil e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. D. Maria I, D. João VI
O Brasil é elevado a Reino dentro do Império Português (1815).
1825–1826
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. D. João VI
Após o reconhecimento da independência do Império do Brasil por D. João VI (1825), retorna-se à fórmula anterior.
1826
Por Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. D. Pedro IV
Durante o seu breve reinado de oito dias, embora mantendo a destrinça entre os dois Estados, o título reflectiu a união das duas coroas sobre a cabeça do mesmo dinasta.
1826–1910
Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. D. Maria II, D. Miguel I, D. Maria II (com D. Fernando II), D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos I, D. Manuel II
Após a abdicação de D. Pedro em favor da filha, retorna-se definitivamente à fórmula anterior, que vigorará agora até ao fim da Monarquia.
Quanto ao estilo usado nas formas de adereçamento ao monarca, também ele evoluiu da seguinte maneira:
Período Estilo Usado por Motivo
1140–1577
Sua Alteza Real (SAR) D. Afonso I, D. Sancho I, D. Afonso II, D. Sancho II, D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV, D. Pedro I, D. Fernando I, D. João I, D. Duarte, D. Afonso V, D. João II, D. Manuel I, D. João III, D. Sebastião

1577–1578
Sua Majestade (SM) D. Sebastião
Por ocasião da entrevista de Guadalupe (1577), concedida por Filipe II de Espanha a seu sobrinho D. Sebastião, e do tratamento majestático que lhe foi concedido pelo tio, D. Sebastião passa a usar a fórmula de adereçamento Sua Majestade, prenunciando o seu desejo imperial de conquista de África.
1578–1580
Sua Alteza Real (SAR) D. Henrique, D. António
Com a morte de D. Sebastião em Alcácer-Quibir, o Cardeal-Rei regressa à fórmula anterior, por considerar o tratamento majestático apenas adequado para o divino.
1580–1748
Sua Majestade (SM) Filipe I, Filipe II, Filipe III, D. João IV, D. Afonso VI, D. Pedro II, D. João V
Com a incorporação de Portugal nos domínios dos Habsburgos da Espanha, onde, devido à influência de Carlos V, rei de Castela e imperador da Alemanha, se havia difundido o tratamento de Majestade, este passa também à órbita portuguesa, mantendo-se mesmo após a Restauração da Independência (1640).
1748–1825
Sua Majestade Fidelíssima (SMF) D. João V, D. José I, D. Maria I (com D. Pedro III), D. João VI
D. João V consegue da Santa Sé o reconhecimento do título de Majestade Fidelíssima para a Coroa Portuguesa, por contraponto ao uso de Sua Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Cristianíssima em França.
1825–1826
Sua Majestade Imperial e Fidelíssima (SMI&F) D. João VI, D. Pedro IV
Com o reconhecimento da independência do Brasil, em 1825, D. João VI reserva também para si, ao abrigo das disposições do Tratado do Rio de Janeiro, o título de Sua Majestade Imperial; com a sua morte no ano seguinte, e a subida ao trono do filho mais velho, também ele imperador do Brasil (D. Pedro IV, mantém-se o uso da fórmula dúplice, até à sua abdicação em favor da filha D. Maria da Glória.

1826–1910
Sua Majestade Fidelíssima (SMF) D. Maria II, D. Miguel I, D. Maria II (com D. Fernando II), D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos I, D. Manuel II
Após a abdicação de D. Pedro IV, retorna-se ao anterior estilo.
[editar] Bibliografia
• FERNANDES, Isabel Alexandra. Reis e Rainhas de Portugal (5a. ed.). Lisboa: Texto Editores, 2006. ISBN 972-47-1792-5
[editar] Ver também

3º Invasão Francesa

3º Invasão
[editar] A 3ª Invasão
Uma terceira invasão francesa do território português teve início em 1810, sob o comando do Marechal André Masséna. Penetrando pela região Nordeste de Portugal, conquistou a Praça-forte de Almeida (Agosto), na fronteira, marchando em seguida sobre Lisboa. Interceptado pelas forças Luso-Britânicas, foi derrotado na batalha do Buçaco (27 de Setembro). Reagrupando as suas forças, retomou a marcha, flanqueando as tropas Luso-Britânicas e forçando-as a recuarem para defender a capital. Os franceses atingiram as Linhas de Torres a 14 de Outubro, erguidas na previsão dessa eventualidade e onde as tropas Luso-Britânicas os aguardavam desde o dia 10, retirando-se, derrotados, ao final do dia seguinte.

Em 1809....

2º Invasão Francesa

[editar] A 2ª Invasão

Monumento à Guerra Peninsular, no Porto.Enquanto em Portugal se lutava contra a ocupação francesa, Napoleão mantinha no trono espanhol o seu irmão José Bonaparte. Os espanhóis, em revolta contra os usurpadores franceses, obtêm apoio das tropas britânicas estacionadas no norte de Portugal. Sob o comando de John Moore, os Britânicos passam a fronteira no início de 1809, para serem derrotados, na Corunha, pelo Marechal Nicolas Jean de Dieu Soult. Obrigadas a retirar, deixaram a descoberto a fronteira com Portugal, permitindo a Soult, invadir o país pela fronteira de Trás-os-Montes e Alto Douro (Chaves) em Março de 1809, vencendo a Batalha do Carvalho d'Este e avançando até à cidade do Porto, que ocuparam a 24 desse mês, fixando fronteira no rio Douro.

A 12 Maio desse mesmo ano, tropas Luso-Britânicas sob o comando do General Arthur Wellesley e do comandante-em-chefe o Marechal William Carr Beresford, atravessaram o Rio Douro e venceram a chamada batalha do Douro, reconquistando a cidade do Porto (29 de Maio) e expulsando o invasor, que se retirou para a Galiza. Seguindo para o sul, as tropas de Wellesley travaram a batalha de Talavera em território espanhol e regressaram a Portugal.

É de salientar ainda a importância da escaramuça de Serém, Concelho do Vouga — região pantanosa do rio Vouga e do rio Marnel, actualmente pertencente ao Concelho de Águeda —, em que o Capitão-Mor do Vouga, José Pereira Simões, travou o avanço para o Sul do Marechal Soult, até à chegada do Coronel Nicholas Trant e do Batalhão Académico e, posteriormente, do General Arthur Wellesley, com reforços. Como consequência, as hostes do Marechal Soult não conseguiram atravessar o rio Vouga, perderam a escaramuça de Serém e foram obrigados a retirar-se para o Norte, tendo-se acantonado na cidade do Porto.

Em... 1807 1º Invasão Francesa

A 1ª Invasão

Embarque para o Brasil do Príncipe Regente de Portugal, D. João VI, e de toda a família real, no Porto de Belém, em 27 de novembro de 1807. Gravura feita por Francisco Bartolozzi (1725-1815) a partir de óleo de Nicolas Delariva.Na iminência da invasão, o príncipe regente, dom João, fizera já saber a Napoleão que iria cumprir as disposições do Bloqueio Continental e, em 30 de Outubro, declarara mesmo guerra à Inglaterra, mandando prender em Novembro os ingleses residentes em Portugal. A Convenção secreta entre Portugal e a Inglaterra, assinada no dia 22 de Outubro, estabelecia com segurança a manobra luso-britânica de pôr a salvo a Família Real e o governo português no Brasil.

Sob o comando do General Jean-Andoche Junot, as tropas francesas entraram na Espanha em 18 de Outubro de 1807, cruzando o seu território em marcha acelerada em pleno inverno, e alcançando a fronteira portuguesa em 20 de Novembro. Sem encontrar resistência militar, uma coluna de tropas invasoras atingiu Abrantes em 24 de Novembro. Faminto e desgastado pela marcha e pelo rigor da estação, o exército francês teve dificuldade para ultrapassar o rio Zêzere, entrando em Santarém em 28, de onde partiu no mesmo dia, rumo a Lisboa, onde entrou em 30, à frente de dois regimentos em muito mau-estado. Um dia antes, a Família Real e a corte portuguesa haviam saído para o Brasil a bordo de uma larga esquadra naval, protegida por naus britânicas, e levando consigo cerca de 15 mil pessoas, deixando o governo do território europeu de Portugal nas mãos de uma regência, com instruções para não "resistir" aos invasores. Ficava vazio de conteúdo o decreto de Napoleão publicado pelo jornal francês Le Moniteur de 30 de Outubro, dando como banida a Casa de Bragança do trono de Portugal[2].

Ao chegar a Lisboa, Junot tomou medidas para a instalação das tropas que o precediam. No dia 2 de Dezembro, entrou na cidade o general Laborde, com os efectivos reduzidos e extenuados, com muitos homens montados em burros, mal podendo estar de pé. Três semanas depois de chegar a Lisboa, Junot tinha ainda apenas um efectivo de 10 mil dos 28 mil soldados franceses que tinham invadido Portugal, distribuindo-as ao redor de Lisboa. A divisão espanhola de Solano, saindo de Badajoz, tomara entretanto Elvas e Campo Maior, indo estabelecer o seu quartel-general em Setúbal, ocupando também Alcácer do Sal e, no Algarve, Tavira e Lagos. A divisão de Tarranco, com cerca de 6 mil homens, entrou por Valença e foi garantir a tomada da cidade do Porto, onde já estava o general Juan Carrafa com 4 mil homens, vindos por Tomar e Coimbra. Iniciava-se o período do domínio francês de "El-Rei Junot".

Entretanto, Napoleão envia mais tropas para o norte de Espanha que, sob o pretexto apoiar as tropas de ocupação em Portugal, tomam as cidades de Pamplona, Barcelona, Figueras (Catalunha) e San Sebastian. O marechal Joaquim Murat, cunhado de Napoleão, atravessa então Bidassoa e marcha com 100 mil soldados sobre Madrid. Antes de Murat chegar a Madrid, uma rebelião em Aranjuez, em 19 de Março de 1808, depõe o rei Carlos IV, afasta Manuel Godoy, e coloca no trono espanhol o príncipe das Asturias, com o nome de Fernando VII.

O rei Fernando VII recebe o marechal Murat como aliado, confiando ainda que Napoleão cumprirá o Tratado de Fontainebleau. Em Abril, o rei Fernando VII de Espanha é forçado a abdicar em Baiona e a reconhecer José Bonaparte como rei de Espanha. Além do rei Fernando VII de Espanha, são colocados sob prisão Carlos IV, a rainha, e Manuel de Godoy. Perante a anulação da Casa Real Espanhola, a população de Madrid levanta-se contra os franceses, levando Murat a ordenar o fuzilamento de milhares de espanhóis, que Francisco Goya, em 1814, veio a homenagear no quadro "Os fuzilamentos de 3 de Maio". Durante o mês de Maio e Junho, eclodem insurreições populares contra as tropas francesas de ocupação por toda a Espanha e Portugal [3].

Em 9 de Maio de 1808, o príncipe regente de Portugal, no Brasil, declarava nulos todos os tratados de Portugal com a França, declarando guerra aos franceses e amizade ao seu antigo aliado, a Grã-Bretanha. No Porto, em 6 de Junho, vai abrir-se um período de revoltas populares contra a ocupação francesa, em resultado das quais as populações de Chaves, Miranda, Torre de Moncorvo, Ruivães, Vila Real, entre outras, responderam imediatamente à chamada. Sob o comando do tenente-general Sepúlveda o movimento de Trás-os-Montes voltou ao Porto, onde foi nomeada a Junta Provisional do Supremo Governo do Reino (1808), sob o comando do bispo do Porto, D. António de Castro.

A notícia do levantamento do povo espanhol, levou o general Solano a retirar com as suas tropas para Espanha. O general Quesnel, um francês que substituíra Tarrancos por morte deste, é preso pelas tropas espanholas de Balestra que, entretanto, recebera também ordem de regressar a Espanha.

Em Portugal, as tropas francesas sob o comando de Junot ficam reduzidas às concentrações numa área em volta de Lisboa, delimitada pelo Atlântico, o rio Tejo, e por uma linha que ia de Peniche até Abrantes. No resto do território, os franceses dispunham de forças em posições fortificadas em Setúbal, Almeida e Elvas. Fora dessa área e dessas localidades, os franceses deslocavam-se ainda com um certo à vontade, provocando baixas às forças portuguesas e às populações que se lhes opunham. A resistência portuguesa crescia porém dia-a-dia. Quando uma força francesa sob o comando do general Loison, sediada em Almeida, tentou marchar sobre o Porto, viu-se cercada por forças de guerrilha de camponeses rudimentarmente armados, mas muito aguerridos. Após três dias de combates, Loison é forçado a retroceder.

A Junta do Porto, sob o comando do bispo D. António de Castro, vai manter-se ao lado dos resistentes ao ocupante francês. No dia 24 de Julho, depois de passar pela Corunha, desembarca no Porto o general Arthur Wellesley (mais tarde duque de Wellington), onde recebe algum apoio, mas sobretudo preciosas informações sobre a situação militar no conjunto do território português. No dia seguinte, Wellesley decide navegar até à entrada do Tejo para consultas com o almirante Charles Cotton, comandante naval britânico na área. O forte de Peniche estava ocupado por forças francesas e no Tejo estava por perto uma esquadra russa. Decidem fazer o desembarque das tropas britânicas na foz do Mondego.

No dia 1 de Agosto, as tropas britânicas começaram a desembarcar perto da Figueira da Foz, marchando no dia 10 em direcção a Leiria onde se juntaram às forças portuguesas de Bernardino Freire, comandante do exército português em Montemor-o-Velho. No total seriam cerca de 20 mil homens; 14 mil britânicos e 6 mil portugueses. Do lado francês, havia inicialmente 30 mil homens, mas calculou-se que não haveria agora mais de 12 mil homens nos arredores da capital. Os restantes estariam distribuídos por Tomar, Abrantes, etc., a que havia que descontar o número de baixas provocados pelas guerrilhas populares e pelas deserções. Travaram-se, na seqüência, a batalha de Roliça e a batalha do Vimeiro, vencidas pelos aliados Portugal/Reino Unido da Grã-Bretanha forçando à Convenção de Sintra.

4º Dinastia

A Dinastia de Bragança (ou Brigantina), também conhecida como Sereníssima Casa de Bragança, foi a Quarta Dinastia de Reis Portugueses, que reinou em Portugal entre 1640 e 1910, devendo o seu nome ao facto de os seus membros deterem, como título principal, o de Duques de Bragança. Foi também a dinastia que reinou no Império do Brasil entre 1822 e 1889.

Em Portugal a Casa de Bragança foi elevada à coroa através de D. João II de Bragança, 8.º Duque de Bragança, que se torna rei com o nome de D. João IV depois da Restauração da Independência em 1 de Dezembro de 1640. A partir do reinado de D. João VI e das lutas entre liberais e absolutistas que seguiram, a Casa de Bragança ficou dividida em três ramos:

Ramo Saxe-Coburgo-Gota Bragança (ou Bragança-Wettin)
Descendência do Rei D. Pedro IV e que reinou em Portugal até ao fim da monarquia em 1910. O último rei, D. Manuel II, faleceu em 1932, sem deixar filhos. Dá-se o nome de Saxe-Coburgo-Gota Bragança (ou Bragança-Wettin) a este ramo devido ao facto dos seus membros descenderem do casamento da Rainha D. Maria II, da Casa de Bragança, com o Príncipe D. Fernando II, da Casa de Saxe-Coburgo-Gota. Apesar das contestações quanto a sua legitimidade, os membros de uma linhagem desta Casa reivindicam-se pretendentes ao trono português.

Ramo Miguelista
Descendência do Rei D. Miguel I que, após ter sido derrotado na Guerra Civil, seguiu para o exílio, não reconhecendo a realeza da sua sobrinha, D. Maria II, continuando a reclamar para si e seus descendentes os seus direitos à coroa portuguesa. O neto, D. Duarte Nuno, acabou por vir a ser reconhecido como herdeiro do trono, pela maioria dos monárquicos, após a morte, sem herdeiros directos, do Rei D. Manuel II. A chefia da Casa de Bragança, em Portugal, pertence actualmente ao representante deste ramo, D. Duarte Pio, embora haja muita contestação por parte dos outros ramos da Casa de Bragança.

Ramo Brasileiro (depois chamado de Orleães e Bragança)
Descendência brasileira do Imperador D. Pedro I (Rei D. Pedro IV de Portugal). Este ramo reinou no Brasil até 1889, quando foi deposto o último imperador. A filha deste, Princesa Isabel, casou-se com o conde d'Eu, Luís Filipe de Orléans, pelo que os seus sucessores passaram a usar o nome de Orleães e Bragança.

A Casa de Bragança deixou de reinar em Portugal, com o golpe republicano de 5 de Outubro de 1910.
No Brasil, foi afastada do trono, também por um golpe militar republicano, ocorrido em 15 de Novembro de 1889.

Os representantes actuais da Casa, em Portugal, são os Duques de Bragança. O actual chefe da Casa de Bragança, D. Duarte Pio, reúne dois dos ramos existentes (em virtude de ser fruto do casamento entre o chefe do Ramo Miguelista, D. Duarte Nuno, e uma princesa do Ramo Orleães e Bragança, D. Maria Francisca, bisneta do imperador D. Pedro II).

Índice [esconder]
1 Reis de Portugal da Casa de Bragança
2 Reis de Portugal da Casa de Bragança-Wettin
3 Imperadores do Brasil da Casa de Bragança
4 Chefes da Casa de Bragança no Brasil, após a Proclamação da República
5 Viscondes da Casa de Bragança
6 Outros membros notáveis
7 Ver também



[editar] Reis de Portugal da Casa de Bragança
D. João IV, o Restaurador (r. 1640 - 1656)
D. Afonso VI, o Vitorioso (r. 1656 - 1675)
D. Pedro II, o Pacífico (regente, 1668 - 1675; rei, 1675 - 1706)
D. João V, o Magnânimo (r. 1706 - 1750)
D. José I, o Reformador (r. 1750 - 1777)
D. Maria I, a Piedosa (r. 1777 - 1816), com D. Pedro III como rei-consorte
D. João VI, o Clemente (regente, 1799 - 1816; rei, 1816 - 1826)
D. Pedro IV, o Rei Soldado (r. 1826) Pedro I, Imperador do Brasil
D. Miguel I, o Absolutista (r. 1828 - 1834) Guerras Liberais

[editar] Reis de Portugal da Casa de Bragança-Wettin
D. Maria II, a Educadora (r. 1826 - 1828 e 1834 - 1853) com D. Fernando II como rei-consorte
D. Pedro V, Esperançoso (r. 1853 - 1861)
D. Luís I, o Popular (r. 1861 - 1889)
D. Carlos I, o Diplomata (r. 1889 - 1908)
D. Manuel II, o Desventurado / O Patriota (r. 1908 - 5 de Outubro 1910), Implantação da República

[editar] Imperadores do Brasil da Casa de Bragança
Imperadores reinantes
Dom Pedro I do Brasil, o Libertador (r. 1822 - 1831)
Dom Pedro II do Brasil, o Magnânimo (r. 1841 - 1889)
Imperador titular, pelo tratado luso-brasileiro de 1825
Dom João VI de Portugal (de jure 1825 - 1826)

[editar] Chefes da Casa de Bragança no Brasil, após a Proclamação da República
D. Isabel Leopoldina, a Redentora, princesa imperial
D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança, príncipe do Grão-Pará
D. Luís Gastão de Orléans e Bragança

[editar] Viscondes da Casa de Bragança
Martim Correia de Sá e Benevides Velasco, 1.º visconde de Asseca (1639)
Salvador Correia de Sá e Benevides Velasco, 2.º visconde de Asseca (1665)
Diogo Correia de Sá e Benevides Velasco, 3.º visconde de Asseca (1671)
Martim Correia de Sá, 4.º visconde de Asseca (1698)
Salvador Correia de Sá Benevides Velasco da Câmara, 5.º visconde de Asseca (1760)
António Maria Correia de Sá Benevides Velasco da Câmara, 6.º visconde de Asseca (1786)
Salvador Correia de Sá, 7.º visconde de Asseca (1825)
António Maria Correia de Sá e Benevides Velasco da Câmara, 8.º visconde de Asseca (1846)
Salvador Correia de Sá Benevides Velasco da Câmara, 9.º visconde de Asseca (1873)
António José Correia de Sá Benevides Velasco da Câmara, 10.º visconde de Asseca (1900)
Salvador Correia de Sá e Benevides Velasco da Câmara, 11.º visconde de Asseca (1926)
Henrique da Silva da Fonseca Cerveira Leite, 1.º visconde de Asseca (1784)
Manuel Pedro da Silva da Fonseca Melo Vaz de Sampaio, 2.º visconde de Alcobaça (1898)
Agostinho José de Melo Vaz de Sampaio e Castro de Sousa Guedes, 3.º visconde de Alcobaça (1928)

[editar] Outros membros notáveis
D. Catarina de Bragança, rainha de Inglaterra
D. Francisco, duque de Beja e condestável de Portugal
D. Maria Bárbara de Bragança, rainha de Espanha
D. José, Duque de Bragança, príncipe da Beira e do Brasil
D. Maria Isabel de Bragança, rainha de Espanha
D. Isabel Maria de Bragança, regente de Portugal
D. Ana de Jesus Maria de Bragança, duquesa de Loulé
D. Maria Ana de Bragança, rainha da Saxónia
D. Januária Maria de Bragança, princesa do Brasil, condessa d'Áquila
D. Francisca de Bragança, princesa do Brasil e de Joinville
D. Miguel II de Bragança, pretendente, do Ramo Miguelista, ao trono de Portugal
D. Maria Ana de Bragança, grã-duquesa do Luxemburgo
D. Afonso de Bragança, duque do Porto
Príncipe D. Luís Filipe, duque de Bragança
D. Pedro de Alcântara de Orleães e Bragança, príncipe do Brasil e de Orleães-Bragança
D. Isabel de Orleães e Bragança, condessa consorte de Paris
D. Eleonora de Orleães e Bragança, princesa consorte de Ligne
D. Paola de Orleães e Bragança, princesa de Sapieha-Rozanski
D. Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança, príncipe de Saxe-Coburgo-Gota
D. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, barão de Bordonha e Valnigra
Casa de Loulé
Um ramo afastado da Casa de Bragança é o dos duques de Loulé, descendentes de Nuno José de Moura Barreto, segundo duque de Loulé, e de dona Ana de Jesus Maria de Bragança, infanta de Portugal, filha de dom João VI. Devido a essa filiação, há uma corrente que defende a legitimidade das pretensões deste ramo à sucessão do ducado de Bragança e, consequentemente, ao trono português.

Depois de 1640

Dinastia (Bragança)





Nome: D. João IV

Reinou: 1640-1656

Filho de: D. Teodósio, Duque de Bragança e de Ana Velasco

Casou com: D. Luísa de Gusmão em 1633

Nasceu: 19 de Março de 1604 em Vila Viçosa

Morreu: 12 de Setembro de 1683 em Sintra

Sepultado: Igreja S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Restaurador



Nome: D. Afonso VI

Reinou: 1656-1683

Filho de: D. João IV e D. Luísa de Gusmão

Casou com: D. Maria Francisca de Sabóia (1666)

Nasceu: 21 de Agosto de 1643, em Lisboa

Morreu: 12 de Setembro de 1683 em Sintra

Sepultado: Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa

Cognome: O Vitorioso





Nome: D. Pedro II

Reinou: 1683-1706

Filho de: D. João IV e D: Luísa de Gusmão

Casou com: D. Maria Francisca de Sabóia

(1668) e D. Maria Sofia de Neuburgo (1687)

Nasceu: 26 de Abril de 1648 em Lisboa

Morreu: 9 de Dezembro de 1706 em Lisboa

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Pacifico



Nome: D. João V

Reinou: 1706-1750

Filho de: D. Pedro II e de D. Maria Sofia de Neuburgo

Casou com: D. Maria Ana de Áustria (1708)

Nasceu: 22 de Outubro de 1689, em Lisboa

Morreu: 31 de Julho de 1750 em Lisboa

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Magnânimo



Nome: D. José I

Reinou: 1750-1777

Filho de: D. João V e de D. Maria Ana de Áustria

Casou com: D. Mariana Vitória (1729)

Nasceu: 6 de Junho de 1714 em Lisboa

Morreu: 24 de Fevereiro de 1777 em Lisboa

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Reformador





Nome: D. Maria I

Reinou: 1777-1816

Filho de: D. José I e de D. Mariana Vitória

Casou com: D. Pedro (seu tio) 1760

Nasceu: 17 de de Dezembro de 1734 em Lisboa

Morreu: 20 de Março de 1816 no Rio de Janeiro

Sepultado: Basílica da Estrela Lisboa

Cognome: A Piedosa





Nome: D. João VI

Reinou: 1816-1826

Filho de: D. Maria I e de D. Pedro

Casou com: D. Carlota Joaquina em 1785

Nasceu: 13 de Maio de 1767 em Lisboa

Morreu: 10 de Março de 1826 em Lisboa

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Clemente





Nome: D. Pedro IV

Reinou: 1826-1828

Filho de: D. João VI e de D. Carlota Joaquina

Casou com: D. Maria Leopoldina (1817) e D. Amélia de Beucharmais (1829)

Nasceu: 12 de Outubro de 1798 em Lisboa

Morreu: 24 de Setembro de 1834, em Queluz, Lisboa

Sepultado: Rio de Janeiro

Cognome: O Rei Soldado





Nome: D. Miguel

Reinou: 1828-1834

Filho de: D. João VI e de D. Carlota Joaquina

Casou com: Adelaide Rosemberg

Nasceu: 26 de Outubro de 1802 em Lisboa

Morreu: 14 de Novembro de 1866, em Karlsuerue (Alemanha)

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Absoluto







Nome: D. Maria II

Reinou: 1834-1853

Filho de: D. Pedro IV e D. Maria Leopoldina

Casou com: Augusto de Lutchenberg (1835) e

D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha

Nasceu: 4 de Abril de 1819 no Rio de Janeiro

Morreu: 15 de Novembro de 1853 em Lisboa

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: A Educadora







Nome: D. Pedro V

Reinou: 1853-1861

Filho de: D. Maria II e D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha

Casou com: D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen (1858)

Nasceu: 16 de Setembro de 1837 em Lisboa

Morreu: 1861 em Lisboa

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Esperançoso







Nome: D. Luís I

Reinou: 1861-1889

Filho de: D. Maria II e D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha

Casou com: D. Maria Pia de Sabóia (1862)

Nasceu: 31 de Outubro de 1838 em Lisboa

Morreu: 19 de Outubro de 1889 em Lisboa

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Popular



Nome: D. Carlos

Reinou: 1889-1908

Filho de: D. Luís e de D. Maria Pia de Sabóia

Casou com: D. Amélia de Orléans

Nasceu: 28 de Setembro de 1863 em Lisboa

Morreu: 1 de Fevereiro de 1908 em Lisboa

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Diplomata





Nome: D. Manuel II

Reinou: 1908-1910

Filho de: D. Carlos e D. Amélia de Orléans

Casou com: D. Augusta Vitória (1913)

Nasceu: 19 de Março de 1889

Morreu: 2 de Julho de 1932 em Twickenham (Inglaterra)

Sepultado: Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)

Cognome: O Patriota






















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Um Pouco da sua história..



A Dinastia de Bragança (ou Brigantina) foi a Quarta Dinastia de Reis Portugueses, que reinou em Portugal entre 1640 e 1910, devendo o seu nome ao facto de os seus membros deterem, como título principal, o de Duques de Bragança. Foi também a dinastia que reinou no Império Brasileiro entre 1822 e 1889.

Em Portugal a Casa de Bragança foi elevada à coroa através de D. João II de Bragança, 8º Duque de Bragança, que se torna rei com o nome de D. João IV depois da Restauração da Independência em 1 de Dezembro de 1640. A partir do reinado de D. João VI e das lutas entre liberais e absolutistas que seguiram, a Casa de Bragança ficou dividida em três ramos:

Ramo Saxe-Coburgo-Gotha

Descendência do Rei D. Pedro IV, que reinou em Portugal até ao fim da monarquia, em 1910. O último rei, D. Manuel II, faleceu em 1932, sem deixar filhos, pelo que se extinguiu este ramo dinástico. Dá-se o nome de Saxe-Coburgo-Gotha a este ramo, devido aos seus membros descenderam do casamento da Rainha D. Maria II com o Príncipe D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha.

Ramo Legitimista (ou Miguelista)

Descendência do Rei D. Miguel I, que após ter sido derrotado na Guerra Civil, seguiu para o exílio, não reconhecendo a realeza de sua sobrinha, D. Maria II, continuando a reclamar para si e seus descendentes os seus direitos à coroa portuguesa. O neto, D. Duarte Nuno, acabou por vir a ser reconhecido como herdeiro do trono, pela maioria dos monárquicos, após a morte, sem herdeiros directos, do Rei D. Manuel II. A chefia da Casa de Bragança, em Portugal, pertence actualmente ao representante deste ramo, D. Duarte Pio, embora haja contestação de diversos ramos menores da Casa de Bragança.

Ramo Brasileiro (depois chamado de Orleães e Bragança)

Descendência brasileira do Imperador D. Pedro I (Rei D.Pedro IV de Portugal). Este ramo reinou no Brasil até 1889, quando foi deposto o último imperador. A filha deste, Princesa Isabel, casou com o Conde d'Eu, Luís Filipe de Orleans, pelo que os seus sucessores passaram a usar o nome de Orleães e Bragança.


A Casa de Bragança deixou de reinar em Portugal, com o golpe republicano de 5 de Outubro de 1910. No Brasil, foi afastada do trono, também por um golpe militar republicano, ocorrido em 15 de Novembro de 1889.

Os representantes actuais da casa, em Portugal, são os Duques de Bragança. O actual chefe da Casa de Bragança, D. Duarte Pio reúne quase todos os ramos existentes da casa, em virtude de ser fruto do casamento entre o chefe do Ramo Legitimista, D. Duarte Nuno e uma princesa do Ramo Orleães e Bragança, D. Maria Francisca, bisneta do imperador D. Pedro II.

Após 1580

Os portugueses perderam a indepencia em 1580 e Reconquistaram a Inpendencia em 1640.

1/26/2009

1º De Dezembro de 1640


Restauração da Independência
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A Restauração da Independência é a designação dada à revolta iniciada em 1 de Dezembro de 1640 contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte da dinastia filipina, e que vem a culminar com a instauração da Dinastia Portuguesa da casa de Bragança. É comemorada anualmente em Portugal por um feriado no dia 1 de Dezembro.


[editar] Antecedentes
Ver artigo principal: Crise de sucessão de 1580
D. Sebastião, um rei jovem e aventureiro, habituado a ouvir as façanhas das cruzadas e histórias de conquistas além-mar, quis conquistar o Norte de África em sua luta contra os mouros. Na batalha de Alcácer Quibir no Norte de África, os portugueses foram derrotados e D. Sebastião desapareceu. E os guerreiros diziam cada um a sua história. O desaparecimento de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica.

Nas Cortes de Tomar de 1581, Filipe II de Espanha é aclamado rei, jurando os foros, privilégios e mais franquias do Reino de Portugal. Durante seis décadas Portugal ficou privado de rei natural, sob o que se tem designado por "domínio filipino".

Com o primeiro dos Filipes (I de Portugal, II de Espanha), não foi atingida de forma grave a autonomia política e administrativa do Reino de Portugal. Com Filipe III de Espanha, porém, começam os actos de desrespeito ao juramento de Filipe II em Tomar. Em 1610, surgiu um primeiro sinal de revolta portuguesa contra o centralismo castelhano, na recusa dos regimentos de Lisboa a obedecer ao marquês San-Germano que de Madrid fora enviado para comandar um exército português.

No início do reinado de Filipe III, ao estabelecer-se em Madrid a política centralista do Conde-duque de Olivares, o seu projecto visava a anulação da autonomia portuguesa, absorvendo por completo o reino de Portugal. Na Instrucción sobre el gobierno de España, que o Conde-Duque de Olivares apresentou ao rei Filipe IV, em 1625, tratava-se do planeamento e da execução da fase final da sua absorção, indicando três caminhos:

1º - Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
2º - Ir o rei Filipe IV fazer corte temporária em Lisboa;
3º - Abandonar definitivamente a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar (1581), que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar (Oriente, África e Brasil), passando estes a ser Vice-reis, Embaixadores e oficiais palatinos de Espanha.
A política de casamentos seria talvez a mais difícil de concretizar, conseguindo-se ainda assim o casamento de Dona Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança, a pensar que dele sairiam frutos de confusão e de unificação entre Portugal e Espanha. O resultado veio a ser bem o contrário.

A reacção à política fiscal de Filipe IV vai tomar a dianteira no processo que conduz à Restauração de 1640. Logo em 1628, surge no Porto o " Motim das Maçarocas", contra o imposto do linho fiado. Mas vão ser as " Alterações de Évora", em Agosto de 1637, a abrir definitivamente o caminho à Revolução.

Nas "Alterações de Évora", o povo da cidade deixava de obedecer aos fidalgos e desrespeitava o arcebispo. A elevação do imposto do real de água e a sua generalização a todo o Reino de Portugal, bem como o aumento das antigas sisas, fez subir a indignação geral, explodindo em protestos e violências. O contágio do seu exemplo atingiu quase de imediato Sousel e Crato; depois, as revoltas propagaram-se a Santarém, Tancos, Abrantes, Vila Viçosa, Porto, Viana do Castelo, a várias vilas do Algarve, a Bragança e à Beira.

Em 7 de Junho de 1640 surgia também a revolta na Catalunha contra o centralismo do Conde-Duque de Olivares. O próprio Filipe IV manda apresentar-se em Madrid o duque de Bragança, para o acompanhar à Catalunha e cooperar no movimento de repressão a que ia proceder. O duque de Bragança recusou-se a obedecer a Filipe IV. Muitos nobres portugueses receberam semelhante convocatória, recusando-se também a obedecer a Madrid.

Sob o poder de Filipe III, o desrespeito pelo juramento de Tomar (1581) tinha-se tornado insuportável: nomeados nobres espanhóis para lugares de chefia militar em Portugal; feito o arrolamento militar para guerra da Catalunha; lançados novos impostos sem a autorização das Cortes. Isto enquanto a população empobrecia; os burgueses estavam afectados nos seus interesses comerciais; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante a impotência ou desinteresse da coroa filipina.

Portugal achava-se envolvido nas controvérsias europeias que a coroa filipina estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (São Jorge da Mina, 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (Salvador, Bahia, em 1624; Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630).

Em 12 de Outubro, em casa de D. Antão de Almada, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro. Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.

No dia 1 de Dezembro de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração da Casa de Bragança no trono de Portugal.


[editar] Guerra da Restauração
Ver artigo principal: Guerra da Restauração
Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança.

O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III e vencê-los nas mais importantes batalhas, assinando o tratado de paz definitivo em 1668. Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como a coincidência das revoltas na Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra, França, Holanda e Roma, a reorganização do exército português, a reconstrução de fortalezas e a consolidação política e administrativa.

Paralelamente, as tropas portuguesas conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, como também de Angola e de São Tomé e Príncipe (1641-1654), restabelecendo o poder atlântico português. No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse dos Habsburgo. Devido a estarem indisponíveis as mercadorias indianas, Portugal passou a só obter lucro com a cana-de-açúcar do Brasil.

3º Dinastia

Dinastia Filipina
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Armas da Monarquia Ibérica após a integração da Coroa de Portugal nos Estados de Filipe II; o brasão português em ponto de honra, no abismo do chefe

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A Dinastia Filipina ou Império da União Ibérica (igualmente conhecida por Terceira Dinastia, Dinastia de Habsburgo, Dinastia de Áustria ou Dinastia de Espanha) foi a dinastia real que reinou em Portugal durante o período de união pessoal entre este país e a Espanha, isto é, em que o Rei de Portugal era simultaneamente o Rei de Espanha.

Os três reis da dinastia filipina governaram em Portugal entre 1580 e 1 de Dezembro de 1640 e foram:

Filipe I de Portugal e II de Espanha r. 1580-1598
Filipe II de Portugal e III de Espanha r. 1598-1621
Filipe III de Portugal e IV de Espanha r. 1621-1640
Índice [esconder]
1 Ascensão à Coroa Portuguesa e a formação da União Ibérica
2 Restauração da Independência
3 Portugal na União Ibérica
4 Lista dos territórios
4.1 América
4.2 África
4.3 Ásia
4.4 Europa
4.4.1 Sacro Império Romano-Germânico
4.5 Oceania
5 Ver também



[editar] Ascensão à Coroa Portuguesa e a formação da União Ibérica
A dinastia filipina subiu ao trono português na crise sucessória de 1580, iniciada após a morte do rei Sebastião de Portugal na batalha de Alcácer-Quibir sem descendentes, e do seu sucessor e tio-avô o Cardeal-Rei D. Henrique. Com o fim da linha directa de João III de Portugal, havia três hipóteses de sucessão:

Catarina de Portugal, neta de Manuel I de Portugal, casada com João I, Duque de Bragança ou,
o seu filho adolescente Teodósio
António, Prior do Crato, neto de Manuel I mas tido pela sociedade como ilegítimo
Filipe de Habsburgo, Rei de Espanha, também neto de Manuel I, por via feminina
Filipe de Espanha acabou por ser reconhecido como rei de Portugal nas Cortes de Tomar de 1581. No entanto, a ideia da perda de independência levou a uma revolução liderada pelo Prior do Crato, que chegou a ser proclamado rei em 1580 e governou até 1583 na Ilha Terceira nos Açores. O prior do Crato acabaria derrotado, sobretudo pelo apoio da nobreza tradicional e da burguesia a Filipe. Para conseguir estes apoios, Filipe comprometeu-se a manter e respeitar os foros, costumes e privilégios dos portugueses. O mesmo aconteceria com os ocupantes de todos os cargos da administração central e local, assim como com os efectivos das guarnições e das frotas da Guiné e da Índia. Nas cortes, estiveram presentes todos os procuradores das vilas e cidades portuguesas, excepção feita às açorianas, fiéis ao rival derrotado de Filipe II, o prior do Crato. Era o princípio da união pessoal, que vigoraria sem grandes alterações até cerca de 1620, apesar das intervenções inglesas de 1589 nos Açores. Então, os domínios da dinastia filipina, juntos, formaram o maior Império que já existiu no mundo, compreendendo territórios de quase todos os cantos do mundo. A União Ibérica teve todo o poder do comércio e desenvolvimento tecnológico da época. O Império da União das Coroas de Portugal e Espanha foi muito maior que o Império Romano, o Império Mongol ou o Império Macedônico.[carece de fontes?]


[editar] Restauração da Independência
Ver artigo principal: Restauração da Independência
Os reinados de Filipe I e Filipe II foram relativamente pacíficos, principalmente porque a monarquia central pouco interferiu nas questões locais de Portugal, que continuavam a ser administradas por portugueses. A partir de 1630, já no reinado de Filipe III, a situação tendeu para um crescente descontentamento. As inúmeras guerras em que a casa de Habsburgo se vira envolvida nos últimos anos, contra os Países Baixos (Guerra dos Oitenta Anos) e Inglaterra por exemplo, haviam custado vidas portuguesas e oportunidades comerciais. Duas revoltas locais, em 1634 e 1637, não chegaram a ter proporções perigosas mas, em 1640, o poder militar central ficou reduzido pela guerra com a França que tinha provocado revoltas na Catalunha.

A intenção do Conde-Duque de Olivares em 1640 de usar tropas portuguesas nas zonas catalãs descontentes teria acelerado a intervenção da França. O Cardeal de Richelieu, através dos seus agentes em Lisboa, encontrou um possível candidato em João II, Duque de Bragança, neto de Catarina de Portugal. Aproveitando-se da vantagem da falta de popularidade da governadora Margarida de Sabóia, duquesa de Mântua e do seu secretário de estado Miguel de Vasconcelos, os líderes do partido da independência conduziram uma conjura de palácio em 1 de Dezembro de 1640. Vasconcelos foi praticamente a única vítima, tendo sido defenestrado. A 15 de Dezembro de 1640 o duque de Bragança foi aclamado rei como João IV, mas, ainda com medo à reação de Filipe III, recusou-se a ser coroado, consagrando a coroa portuguesa a Nossa Senhora de Vila Viçosa.


[editar] Portugal na União Ibérica
Inicialmente baseada em ambições dinásticas, a união foi muito impopular entre a burguesia comercial castelhana que teria visto uma formidável concorrência e não novas oportunidades económicas. O Estado centralizado à moda borbónica surgiria mais tarde e as grandes monarquias europeias do século XVII conjugavam diversos "Parlamentos", "Dietas" e "Cortes" com legislações heterogêneas sob a autoridade da mesma testa coroada.

Resulta muito difícil separar a propaganda exonerativa a posteriori da casa de Bragança dos acontecimentos contemporâneos. A fase final da união das coroas ibéricas foi prejudicial à economia portuguesa devido às guerras travadas na Europa pelos Habsburgo. A partir daí, deflagrou-se um período de declínio político, de endividamento e de dependência económica que diminuíram consideravelmente o poderio lusitano no continente e no mundo colonial sem que a nova dinastia mostrasse especiais aptidões de governação.


[editar] Lista dos territórios

Mapa dos Impérios Espanhol e Português conjuntos.
Vermelho/Rosa - Império Espanhol
Azul/Azul claro - Império Português
[editar] América
América Central
América do Sul
Estados Unidos da América (87% do território)
México
Brasil

[editar] África
Guiné, Costa de Angola e Lourenço Marques

[editar] Ásia
Índia (Baçaim, Calcutá, Calecute, Cananor, Cochim, Colombo, Chinsura, Damão, Diu, Hughli, Galle, Goa, Masulipatão, Matar, Nagapatão, Ormuz, Pulicate, Serampore, Tranquebar, Tricomale)
Filipinas
Ilhas Carolinas
Ilhas Marianas
Ilhas Marshall
Bandar Abbas
Mascate
Macau
Papua
Kiribati
Palau

[editar] Europa
Espanha
Itália, região sul
Portugal

[editar] Sacro Império Romano-Germânico
Alemanha
Áustria
Suíça
Liechtenstein
Bélgica
Países Baixos
Luxemburgo
República Checa
Eslovênia
França, região leste
Itália, região norte
Polónia, região oeste

[editar] Oceania
Nova Guiné
Área dos Territórios: 52.266.452 km2

Da vinci Conquistador

Conquistador Da vinci

No ano de 1500 os portugueses descobriram o Brasil e então Da Vinci criou uma música Vamos ouvi-la.http://www.youtube.com/watch?v=R4maqpk6SiA

3º Dinastia


Nesta Dinastia perdemos a Indepencia

3º Dinastia

3ª Dinastia (Filipina





Nome: Filipe I (Filipe II de Espanha)

Reinou: 1580-1598

Filho de: Carlos V (imperador da Alemanha

e rei de Espanha) e de D. Isabel de Portugal (filha de D. Manuel I)

Casou com: D. Maria (1543); Maria Tudor

(1554); Isabel de Valois (1560) e Ana de Áustria

Nasceu: 27 de Maio de 1527, em Valladolid

Morreu: 13 de Setembro de 1598, em Madrid

Sepultado: Escorial (Madrid)

Cognome: O Prudente



Nome: Filipe II (Filipe III de Espanha)

Reinou: 1598-1621

Filho de: Filipe I e de Ana de Áustria

Casou com: Margarida de Áustria

Nasceu: 14 de Abril de 1578, em Madrid

Morreu: 1621 em Madrid

Sepultado: Escorial (Madrid)

Cognome: O Pio



Nome: Filipe III (Filipe IV de Espanha)

Reinou: 1621-1640

Filho de: Filipe II e de MARGARIDA DE Áustria

Casou com: D. Isabel

Nasceu: 8 de Abril de 1605, em Madrid

Morreu: 17 de Setembro de 1665 em Madrid

Sepultado: Escorial (Madrid)

Cognome: O Grande




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Um Pouco da sua história...





D.Filipe I: Filho do Imperador Carlos V e de Isabel de Portugal, governou um vasto território integrado por Aragão, Castela, Catalunha, Ilhas Canárias, Maiorca, Navarra, Galiza e Valência, Rossilhão, Franco-Condado, Países Baixos, Sardenha, Córsega, Sicília, Milão, Nápoles, além de territórios ultramarinos na África (Orão, Túnis, e outros), na América e na Ásia (Filipinas). Em termos de política externa, sua mais significativa vitória sucedeu contra os turcos otomanos: a Batalha de Lepanto, em (1571).

D.Filipe II: Foi rei aos 20 anos, em 13 de Setembro de 1598: e como Filipe II Rei de Nápoles, da Sicília, Rei titular de Jerusalém, Rei da Sardenha, Filipe II Rei de Portugal. Foi ainda Duque de Milão, Conde de Artois, Conde da Borgonha, Conde de Charolais.

D.Filipe III: Em 14 de Julho de 1619 foi jurado príncipe de Portugal. No começo do reinado, chamou D. Gaspar de Guzmán, fez dele conde-duque de Olivares, seu Ministro e valido, em que depositava a maior confiança e a quem entregou a administração. Era mais ativo e mais inteligente que os ministros, os Duques de Lerma e de Uzeda, mas pela sua má política foi mais prejudicial ao Rei e aos países que governava. Julgando conseguir seus fins com medidas rigorosas, tomou com relação a Portugal atitudes que provocaram resistência.

2º Dinastia

Nome: D. João I

Reinou: 1385-1433

Filho de: D. Pedro I e Teresa Lourenço (filho ilegítimo)

Casou com: D. Filipa de Lencastre, em 1387

Nasceu: Agosto de 1357, em Lisboa

Morreu: Agosto de 1433 em Lisboa

Sepultado: Mosteiro da Batalha

Cognome: O de boa memória



Nome: D. Duarte

Reinou: 1433-1438

Filho de: D. João I e de D. Filipa de Lencastre

Casou com: D. Leonor de Aragão, em 1428

Nasceu: 31 de Outubro de 1321, em Viseu

Morreu: 9 de Setembro de 1438, em tomar

Sepultado: Mosteiro da Batalha

Cognome: O eloquente



Nome: D. Afonso V

Reinou: 1438-1481

Filho de: D. Duarte e de D. Leonor de Aragão

Casou com: D. Isabel (1447) e D. Joana de Portugal (1475)

Nasceu: 15 de Janeiro de 1432 em Sintra

Morreu: 28 de Agosto de 1481, em Lisboa

Sepultado: Mosteiro da Batalha

Cognome: O Africano



Nome: D. João II

Reinou: 1481-1495

Filho de: D. Afonso V e de D. Isabel

Casou com: D. Leonor em 1471

Nasceu: 1455 em Lisboa

Morreu: 25 de Outubro de 1495 no Alvor

Sepultado: Mosteiro da Batalha

Cognome: O Príncipe perfeito



Nome: D.Manuel I

Reinou: 1495-1521

Filho de: Infante D. Fernando (duque de Viseu) e de D. Beatriz

Casou com: D. Isabel de Castela (1497),

D. Maria de Castela (1500) e D.Leonor (1517)

Nasceu: 31 de Maio de 1469

Morreu: 13 de Dezembro de 1521

Sepultado: Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa)

Cognome: O Venturoso



Nome: D.João III

Reinou: 1521-1557

Filho de: D. Manuel I e de D. Maria de Castela

Casou com: D. Catarina de Áustria em 1525)

Nasceu: 6 de Junho de 1502 em Lisboa

Morreu: 11 de Junho de 1557 em Lisboa

Sepultado: Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa)

Cognome: O piedoso



Nome: D.Sebastião

Reinou: 1557-1578

Filho de: D. João Manuel (filho de D.João III) e de D. Joana de Áustria

Casou com: não casou

Nasceu: 20 de Janeiro de 1554

Morreu: 4 de Agosto de 1578, em Alcácer-Quibir (Norte de Africa)

Sepultado: Local desconhecido

Cognome: O Desejado



Nome: D.Henrique

Reinou: 1578-1580

Filho de: D. Manuel I e de D. Maria de Castela

Casou com: não casou

Nasceu: 31 de Janeiro de 1512 em Lisboa

Morreu: 31 DE Janeiro de 1580 em Almeirim

Sepultado: Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa)

Cognome: O Casto


















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Um Pouco da sua história...





D. João I seus filhos D. Duarte e D. Pedro e o Dr. João das Regras era o do fortalecimento de poder real, conforme indicavam as circunstancias e as doutrinas políticas em moda inspiradas no direito romano.

D. Duarte que subiu ao trono em Agosto de 1433, logo no ano seguinte reuniu cortes em Évora apresentando a «lei mental» assim chamada para significar que estatuía aquilo que D. João I tivera em mente ao fazer as doações, isto é que elas só deviam transmitir-se por linha masculina.

D. Afonso V foi um cavaleiro magnificente, fantasista na sua ambição; amador das artes, bravo soldado sem dotes de comando, péssimo estadista.

Perdulário com a nobreza, desfez todo o trabalho, paciente dos dois reinados anteriores e da regência o Conde de Barcelos, duque de Bragança, obteve largas doações que aumentaram ainda mais o poderio dessa casa, destinada a subir ao trono dois séculos mais tarde.

D. João II, o casamento do seu filho único, D. Afonso com a filha mais velha de Isabel e de Fernando (1490), mas a morte do príncipe no ano seguinte dissipou o grande sonho.

Em 1494, assinava-se o tratado de Tordesilhas, pelo qual o limite das futuras possessões castelhanas e portuguesas se fixou no meridiano a 370 léguas de Cabo Verde.

Parece que o negociou D. João II, já com exacto conhecimento do que havia para o ocidente (Brasil).

No seu tempo, como tentativas para a solução do problema máximo, realizam-se as expedições de Martim Lopes ao Norte da Europa; de Pedro de Évora e Gonçalo Alvares ao interior da Africa, de Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva para as Índias (por terra); de Diogo Cão ao longo da costa, até ao Zaire (1484); e a de Bartolomeu Dias que chegou além do extremo sul de continente (1486). Obrigado a retroceder pela tripulação, pôs ao promontório austral o nome de Cabo das Tormentas, que o rei mudou em Cabo de Boa Esperança.

Tratou logo o monarca de preparar a frota que deveria prosseguir até a meta, chegando a escolher o comandante, Vasco da Gama; mas faleceu no Algarve em 25 de Outubro de 1495, ficando a seu sucessor D. Manuel, a felicidade de ver realizada a grande missão de Portugal.

O descobrimento de cominho marítimo para a índia por Vasco da Gama (Julho de 1497, partida de Lisboa; Maio de 98, chegada a Calecut, Agosto de 99 o regresso a Lisboa) fez de Portugal o intermediário máximo de Lisboa, o Império de grande comércio frequentado por enxames de navios e multidões de todo mundo.

D. Manuel tomou o título de senhor da conquista, navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, e mandou erigir o convento dos Jerónimos em Belém, como testemunho de gratidão a Deus.

Á D. Manuel sucedera D. João III, o rei colonizador em cujo reinado de 36 anos (1521-55), se deram dois factos muito discutidos: a introdução dos Jesuítas e o estabelecimento da inquisição.

A obra mais meritória de D. João III, é a da organização colonial.

D. Sebastião (o desejado) sucedeu no trono a D. João III, sob a regência da avó D. Catarina, que em 1562 se retirou para Espanha, deixando na regência o cardial D. Henrique. O reizito em 1568, foi declarado maior pelas cortes. A este jovem inexperiente meteu-se na cabeça em prosa e verso o ser o paladino da fé católica, contra o protestante e o maometano.

D. Henrique, homem de 66 anos: surgem 7 pretendentes á sua sucessão, entre as quais Felipe II de Castela tinha a vantagem decisiva da força: a força do ferro e a força do ouro, gasto habilidosamente pelo seu enviada Cristóvão de Moura

1º Dinastia Factos



1ª Dinastia (Afonsina)





Nome: D. Afonso Henriques

Reinou: 1143-1186

Filho de: Conde D. Henrique e D. Teresa (filha de Afonso IV rei de leão)

Casou com: D. Mafalda em 1146

Nasceu: 1108(?) em Coimbra

Morreu: 6 de Dezembro de 1185, em Coimbra

Sepultado: Mosteiro de S. Cruz de Coimbra

Cognome: O conquistador



Nome: D. Sancho I

Reinou: 1185-1211

Filho de: D. Afonso Henriques e D. Mafalda

Casou com: Dulce de Aragão, em 1174

Nasceu: 11 de Novembro de 1154,

Morreu: 26 de Março de 1211, em Coimbra

Sepultado: Mosteiro Santa Cruz de Coimbra

Cognome: O Povoador



Nome: D. Afonso II

Reinou: 1211-1223

Filho de: D. Sancho I e de D. Dulce de Aragão

Casou com: D. Urraca, filha de Afonso VII de Castela, em 1208

Nasceu: 1185, em Coimbra

Morreu: 25 de Março de 1223, em Santarém

Sepultado: Mosteiro de Alcobaça

Cognome: O Gordo





Nome: D. Sancho II

Reinou: 1223-1248

Filho de: D. Afonso II e D. Urraca

Casou com: D. Mécia

Nasceu: 7 de Setembro de 1209, em Coimbra

Morreu: 4 de Janeiro de 1248, em Toledo (Espanha)

Sepultado: Catedral de Toledo (Espanha)

Cognome: O capelo







Nome: D. Afonso III

Reinou: 1223-1248

Filho de: D. Afonso II e D. Urraca

Casou com: D. Matilde (1238) e D. Beatriz (1253)

Nasceu: 5 de Maio de 1210, em Coimbra

Morreu: 16 de Fevereiro de 1279, em Lisboa

Sepultado: Mosteiro de Alcobaça

Cognome: O Bolonhês



Nome: D. Dinis

Reinou: 1279-1325

Filho de: D. Afonso III D. Beatriz

Casou com: D. Isabel de Aragão (rainha Santa Isabel)

Nasceu: 9 de Outubro de 1261, em Santarém

Morreu: 7 de Janeiro de 1325, em Santarém

Sepultado: Mosteiro de Odivelas

Cognome: O Lavrador









Nome: D. Afonso IV

Reinou: 1325-1357

Filho de: D. Dinis e D. Isabel de Aragão

Casou com: D. Beatriz de Castela

Nasceu: 8 de Fevereiro de 1290, em Lisboa

Morreu: 8 de Maio de 1357, em Lisboa

Sepultado: Sé Catedral de Lisboa

Cognome: O Bravo









Nome: D. Pedro I

Reinou: 1357-1367

Filho de: D. Afonso IV e D. Beatriz de Castela

Casou com: D. Branca (1328) e D. Constança Manuel (1336)

Nasceu: 19 de Abril de 1320

Morreu: 18 de Janeiro de 1367, em Estremoz

Sepultado: Mosteiro de Alcobaça

Cognome: O Justiceiro ou o Cruel







Nome: D. Fernando

Reinou: 1367-1383

Filho de: D. Pedro e de D. Constança Manuel

Casou com: D. Leonor de Teles

Nasceu: 31 de Outubro de 1345 em Lisboa

Morreu: 22 de Outubro de 1383, em Lisboa

Sepultado: Convento de Carmo (Lisboa)

Cognome: O Formoso














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Um Pouco da sua história



O Filho de Afonso Henriques, Sancho I, notabilizou-se pela administração:

Fixou núcleos populacionais, organizando-os em concelhos, repovoou os lugares que a guerra assolava; restaurou castelos arruinados, atraiu colonos estrangeiros; desenvolveu as ordens militares, etc.

Em 1289, auxiliado por uma frota de cruzados, tomou Silves, no Algarve, que por breve tempo conservo.

Seu filho Afonso II, pouco se interessou por empresas bélicas, dedicando-se mais a política interna; no seu reinado tomou-se Alcácer, sob a direcção do alto clero.

O filho de Afonso II Sancho II foi pelo contrário um cavaleiro aguerrido, que além dos forais de povoação se deu á conquista das praças SE.: Elvas (1226), Aljustrel, Mértola, Tavira, Cacela.

De todos os monarcas, Sancho II foi a maior vítima dessas questões com o alto clero.

No reinado de D. Afonso III, foi conquistado o reino do Algarve e completa a nação sob o aspecto territorial.

Revelou-se o rei administrador emérito.

O seu reinado, que foi próspero, sobressai outrossim pelo que toca a cultura intelectual. Ele e os companheiros vincularam a civilização francesa e introduziram a literatura de gosto provençal.

D. Dinis (1279-1325) foi modelar como soberano, no domínio da política. Fomentou a agricultura; incentivou a distribuição e circulação da propriedade favorecendo o estabelecimento de pequenos proprietários; mandou enxugar pântanos para distribuir a terra a colonos, semeou pinhais (Leiria…) concedeu varias minas e mandou explorar algumas por sua conta; desenvolveu as feiras; reorganizou a marinha contratando para isso o almirante Pessanha Pesagno.

D. Fernando era um formoso, simpático, inteligente mas indeciso e romanesco homem, que promulgou leis célebres para o fomento da agricultura e do comércio marítimo.

2º Dinastia


Dinastia de Avis ou de Joanina

Dinastia de Avis
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D. João I, fundador da dinastia de Avis

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Categoria: História de Portugal
A Dinastia de Avis (Joanina ou Segunda dinastia) foi uma dinastia de Reis de Portugal, que reinou no país entre 1385 e 1580. Inicia-se depois da derrota de Castela na batalha de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385 e do fim da crise de 1383-1385, quando o Mestre da Ordem de Avis, D. João, filho natural de el-rei D. Pedro I foi aclamado rei nas Cortes de Coimbra.

A linha direta da Casa de Avis extingue-se em 1495, com a morte de D. João II, considerando-se aí iniciada a Casa de Avis-Beja (por o seu sucessor, D. Manuel, ser à data da aclamação Duque de Beja).

A dinastia de Avis terminara depois da morte de D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir (24 de Agosto de 1578) e da morte sem descendência faz sucessor, o seu tio D. Henrique, bem como da infrutífera reivindicação do Prior do Crato, D. António. Segue-se a união pessoal entre Portugal e os demais reinos de Filipe II e a Dinastia Filipina.

Resumo: Revolução de Avis (séc XIV)

A única filha do rei de Portugal D. Fernando, D. Beatriz, casara com o Rei de Castela, pondo-se assim termo a uma série de guerras contra aquele reino, que haviam enfraquecido a economia de seu país. D. Fernando morreu alguns meses depois deste casamento. Como D. Beatriz não tinha filhos nem irmão, não havia sucessor legítimo do rei.

D. Leonor Teles, a viúva de D. Fernando, nunca fora bem vista pelo povo, pois por causa dela ele desistira de outros casamentos que teriam sido, politicamente, mais úteis ao país. Mas cabia a ela governar o reino como regente até que um filho de D. Beatriz completasse 14 anos. Assim, ela aclamou rainha D. Beatriz.

Isso desencadeou revoltas populares: as populações recusavam-se a aceitar a aclamação de uma rainha que era mulher de um rei estrangeiro (Castela), o que poderia dar origem à união dos dois países e em consequência a perda de independência de Portugal.

O povo de Lisboa pediu a D. João (filho do Rei Pedro I, mas que não fora reconhecido como tal porque sua mãe não se casara com o rei) que aceitasse lutar contra D. Beatriz e o rei de Castela, nomeando-o “Mestre de Avis”

O Rei de Castela (chamado João) retirou a regência de Leonor Teles e, intitulando-se "Rei de Portugal", dirigiu-se para Lisboa, cercando a cidade. Isso fez com que muitos burgueses finalmente aderissem á causa do Mestre de Avis. Mas a maior parte do clero e da nobreza apoiavam D. Beatriz.

Entretanto, um pequeno exército português, chefiado por D. Nuno Álvares Pereira (que apoiava o Mestre de Avis) vence os castelhanos. O aparecimento da peste nas tropas obrigou o rei de Castela a se retirar. O Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal.

Após um tempo, os castelhanos invadiram novamente Portugal, acontecendo, em Aljubarrota (1385) uma batalha decisiva e perigosa: mas usando a tática do quadrado e aproveitando as vantagens da colocação no terreno, as tropas portuguesas, chefiadas pelo rei D. João I e por D. Nuno Álvares Pereira, conseguiram a vitória.

A paz definitiva com Castela só veio a ser assinada em 1411. Para assinalar o acontecimento, D. João I mandou iniciar, no local, a construção do mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido por mosteiro da Batalha.

Índice [esconder]
1 Reis da dinastia de Avis
1.1 Casa de Avis
1.2 Casa de Avis-Beja
2 Reis da dinastia de Avis (Segunda Dinastia 1358-1580)
3 Outros Membros



[editar] Reis da dinastia de Avis

[editar] Casa de Avis
João I de Portugal (r. 1385 - 1433, depois do Interregno)- meio-irmão de D. Fernando I
Duarte I de Portugal (r. 1433 - 1438) - filho de D. João I.
Afonso V de Portugal (r. 1438 - 1481) - filho de D. Duarte.
João II de Portugal (r. 1481 - 1495) - filho de D. Afonso V.

[editar] Casa de Avis-Beja
Manuel I de Portugal (r. 1495 - 1521) - primo de D. João II.
João III de Portugal (r. 1521 - 1557) - filho de D. Manuel I.
Sebastião I de Portugal (r. 1557 - 1578) - filho de D. João III.
Henrique I de Portugal (r. 1578 - 1580) - tio-avô de D. Sebastião.
António I de Portugal (r. 1580)
II DINASTIA PORTUGUESA - De Avis
(Versejada)


Cai o Povo de desgosto
preso ao jugo espanhol
de João e Beatriz,
mas a 14 de Agosto
guerreiro ao arrebol
estava o Mestre de Avis.



Milagre de bis-a-bis
ante a iminente derrota
a batalha é inolvidável,
peleja que Deus bem quis
consagrar Aljubarrota
ao seu Santo Condestável.



Quiçá no mais agradável
momento à luz da História
em permanente luzeiro,
surge a geração notável
do rei de Boa Memória
que foi Dom João-primeiro.



Dom Henrique, timoneiro,
Infante da expansão
em Sagres, porta do mar,
enviou ao mundo inteiro
navegadores de eleição
sem medo de naufragar.


Em façanhas de pasmar
o sonho engravidou
com denodo providente
na arte de bem cavalgar
a toda a sela passou
Dom Duarte, o Eloquente.



Passa o negro continente
defronte ao chão lusitano
batucando a lusa-testa
do rei audaz e valente,
Dom Afonso, o Africano,
o quinto da lança-gesta.



Tudo pronto e o que mais resta
de Portugal no peito
para dar cartas ao mundo,
proclama o Povo em festa:
viva o Príncipe Perfeito
el-rei Dom João-segundo.



Mais além do mar profundo,
Bojador, Índia, Brasil,
navegam as caravelas;
Gil vence o nauseabundo,
Gama, Cabral e em redil
os sonhos todos vão nelas.



Sob os astros e as estrelas,
morre o rei, não há herdeiro,
mas o arcano audacioso
no sopro das mesmas velas
põe Dom Manuel-primeiro
para ser o Venturoso.



Sucede-lhe o Piadoso
el-rei Dom João-terceiro
a maus ventos destinado,
pai de um filho desastroso,
Dom Sebastião porteiro
do eterno Desejado.



No sonho em vão esfumado
por Alcácer-Quibir
começa a Pátria escrita:
Dom Henrique, padre errado,
rei Casto sem advir
e Camões morre em desdita.


Porto - Portugal
António Torre da Guia


[editar] Reis da dinastia de Avis (Segunda Dinastia 1358-1580)
D. João I, O de Boa Memória, mestre de Avis 1385-1433
D. Duarte, O Eloquente, 1433-1438
D. Afonso V, O Africano, 1438-1481
D. João II, O príncipe Perfeito, 1481-1495
D. Manuel I, O Venturoso, 1495-1521
D. João III, O Piedoso, 1521-1557
D. Sebastião, O desejado, 1557-1578
D. Henrique, O Casto, 1578-1580
D. António, O Prior do Crato, 1580

[editar] Outros Membros
Isabel de Portugal, duquesa da Borgonha, consorte de Filipe II, Duque da Borgonha
Henrique, Duque de Viseu
Pedro, Duque de Coimbra
Fernando, o Infante Santo
Santa Joana Princesa
Fernando de Portugal,Duque de Viseu, pai do rei Manuel I
Isabel de Portugal, imperatriz da Alemanha
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Precedido por
Dinastia de Borgonha, ou Afonsina 2ª Dinastia da Monarquia Portuguesa
1385 — 1580 Sucedido por
(crise dinástica)
Dinastia Filipina

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinastia_de_Avis"
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